Sempre gostei de música portuguesa, mesmo na altura dos Guns N` Roses 😝. Talvez seja por ter crescido a ouvir os discos de vinil do meu pai, do Zeca Afonso ao António Variações, passando por Sérgio Godinho, José Mário Branco, Carlos Paião, Paulo de Carvalho, Mário Mata, Trovante, entre outros. Hoje rendo-me por completo a letras escritas pelo Miguel Araújo e adoro ouvir o Zambujo. Os dois juntos então, são dos melhores espetáculos que posso ver.
Mas esta música é d'Os Azeitonas, embora escrita pelo Araújo. A-D-O-R-O ouvi-la muito alto. Encaro-a como uma crítica a pessoas para quem a vida está sempre mal, àquelas que nos sugam as energias positivas que fazemos por ter, àquelas para quem, como diz a letra, "Tirando a dessa pessoa, a vida é boa e as pessoas são todas iguais." 😒
Fica a letra:
"A vida não vai nada bem p'ra miúda do cabelo azul.
O que é que a levou a pintar o cabelo assim de azul?
Será que são questões de pai?
Ela a dizer "olha pai" e ele de olhos no jornal a dizer "filha já vai"?
E ela de cabelo azul. E ela de cabelo azul.
O dia correu de feição para o cavalheiro ali atrás
Com cara de quem tanto faz quem é que ganha as eleições
Tanto lhe dá se a nação cai nas mãos dos espanhóis
É como se dois e dois não fosse sequer questão
P'ró cavalheiro ali atrás. P'ró cavalheiro ali atrás.
As pessoas são todas iguais e acham mesmo que as demais
Conspiram com outras que tais em vidas boas.
Duradouros pactos ancestrais de pessoas, pedras e animais:
Tirando a dessa pessoa, a vida é boa. A vida é boa.
E as pessoas são todas iguais. E as pessoas são todas iguais.
O homem do olhar obtuso põe as culpas na mulher,
No governo, no país, na tatuagem de ex-recluso.
Sente ofensa pessoal pela indiferença boçal
Do cavalheiro ali atrás, e dava-lhe tanto faz
Ao indigente ali atrás. Ao indigente ali atrás.
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MsdaMor